segunda-feira, 25 de julho de 2011

Grande Novidade! Primeira Fanfic do Blog!

Sim, é isso mesmo, em fim, temos uma Fanfic para o blog.
Foi uma coisa que eu não planejei, apenas me vi escrevendo algo que poderia servir como post para o blog e um pouco mais de entretenimento. 
Ela conta a mesma história de Dezesseis Luas { Beautiful Creatures }, mas na versão de Lena. 
Eu não tenho previsão para próximos capitulos, vou postá-los assim que der.
Mas enquanto isso não chega, podem começar à ler!


OBS: Os personagens presentes no enredo são totalmente de Kami Garcia e Margaret Sotohl, como também os direitos autoriais.


Ficha técnica:


Nome da Fanfic: Luar Incandescente
Enredo: Dezesseis Luas { Beautiful Creatures } na versão de Lena.
Autor: Guilherme da Cruz Silva
Personagens e Direitos Autoriais: Kami Garcia e Margaret Stohl
Em inglês




Luar Incandescente - Capitulo 1


156. Terminei de escrever os números na palma de minha mão no mesmo instante em que ouvi o inconfundível som de ferrugem da porta de meu quarto. Espontaneamente deixei o marcador permanente cair sobre a colcha de minha cama, enquanto a peça de madeira movia-se lentamente para dentro.
Aos poucos ela abrira-se por completo, revelando tio Macon, que por alguma razão, aparentara surpresa assim que me vira jogada contra o colchão, com as mãos levadas à meu inseparável caderno espiral. Ele provavelmente não fazia idéia de que eu estaria pronta antes mesmo de chamar-me para tomar café da manhã. Mas na realidade, eu não sabia se realmente estava.
— Ah, desculpe. Eu pensei que você ainda estivesse dormindo.
Levei minhas mãos de lado, apoiando-as para que pudesse me sentar.
— Não tem problema.
Abandonando o toque contra a porta, ele viera em minha direção. Estava usando o seu convencional traje negro idêntico ao que as pessoas usavam décadas atrás. O mesmo que aparentava nunca mudar. Seu rosto parecia frio, gélido. Havia algo que eu não conseguia decifrar em sua expressão.
— Hãm… Lena?
— Sim…?
Ele aproximara-se mais, sentando-se na beirada da cama, à alguns centímetros de distancia de mim. Era nítido que ele não conseguia encontrar as palavras certas para dizer aquilo, e eu não precisava ter o dom de telepatia para saber o que se passava em sua cabeça naquele momento.
— Você realmente quer fazer isso? — dissera-o, em fim.
O quarto estava escuro, embora a janela estivesse aberta. Do outro lado, pude avistar as densas camadas de nuvens cinzentas que cobriam por completo os campos verdes de Gatlin. Tentei desviar a atenção, sem dar a mínima para o que ele falava. Mas nem isso eu conseguia fazer.
Tive pensando nisso a noite toda antes de dormir. Tio Macon não seria tão irresponsável em deixar-me ir para o colégio antes mesmo de me consultar, saber a minha opinião. Ele sabia, tanto quanto eu, que o modo como somos diferentes pode atrair algumas desavenças, e junto delas, a raiva. Provavelmente queria ter certeza de que eu não fosse destruir a escola inteira justo no primeiro dia de aula.
Passei meu olhar diante de quarto, e sem querer parar o inevitável, meus olhos encontraram os seus.
— Tio, eu… eu sei o que estou fazendo. — fora a única coisa que pude pensar no momento, pois mesmo que eu tentasse lembrar-me do discurso que havia preparado durante a noite para quando essa hora chegasse, um branco parecera instantaneamente apagá-las de minha memória.
— Lena, minha filha… — houve um segundo de silencio, e agora, sua cabeça voltava-se em direção à minha cama — você sabe que não precisa fazer isso. Eu posso contratar um professor particular…
— Acho difícil algum professor de Gatlin ter coragem o suficiente para vir aqui. — era difícil admitir, mas aquilo não passava da mais pura verdade.
Eu estava em Gatlin poucos dias, mas mesmo assim, foi o suficiente para que eu pudesse ver e perceber o quão meu tio é “famoso” em toda a cidade. Macon Ravenwood sempre fora considerado como um esquisito, que mora em uma fazenda afastada, fazendo rituais macabros. O Velho Ravenwood — como é chamado pelos moradores daqui — sempre fora temido por todos, e eu ainda duvidava da possibilidade de que alguém, seja lá quem quer que fosse, tivesse a decência de pisar nas terras de nossa família.
Não que parte da história fosse verdade, porque pelo incrível que pareça, os humanos sabem desconfiar das pessoas. Deve ser algum tipo de dom especial, já que não possui mais nenhum. Tio Macon é diferente dos outros humanos, eu sou diferente. Minha família toda é assim.
— Se for esse o problema eu dou um jeito, Lena. Você sabe que eu sou um homem de palavra.
No mesmo instante em que ele dizia, uma corrente forte de ar frio entrara através da janela, chocando-se contra a minha pele. Era estranho o tempo dessa cidade. Gatlin parecia um ponto no mapa onde constantemente, furacões avassalam todas as casas, e dia à dia, as nuvens acima da cidade continuam com seu tom negro preferido. Não eram nem sete horas de manhã, mas o tempo do lado de fora estava tão escuro, que podia ser tanto seis horas da tarde quanto onze horas da noite.
Voltei meus pensamentos ao dialogo que se passava em meu quarto, apesar de achar ser completamente insignificante.
— Tio Macon, você sabe que eu ia odiar ficar presa dentro dessa casa o dia todo. Eu preciso sair um pouco, tentar me interagir com os humanos… e eu acho que a melhor forma de fazer isso, é ir ao colégio, como qualquer outro adolescente normal.
Ele me encarara, e eu podia ver a insistência somente em seu olhar.
— Lena…
— Tio, pode ficar tranqüilo. Confie em mim.
O vazio, então, tomara conta do cômodo. Eu não queria que aquilo acontecesse, precisava me distrair com algo, caso contrário, as lembranças da noite passada iriam voltar à tona em minha mente.
O sonho.
O sonho com um garoto que apesar de não conhecer, sei quem é. E apesar de nunca tê-lo visto pessoalmente, sinto um sentimento esquisito toda vez que acordo suando devido aos pesadelos que passo à mais de meses junto dele.
Balancei minha cabeça, a fim de que meus pensamentos saíssem dali o mais rápido possível.
— Eu confio em você Lena. Eu não confio é nos humanos.
Repentinamente, me vi ainda mais interessada naquela conversa.
— Os humanos? — falei, enquanto tirava o caderno espiral de cima de meu colo.
— Sim Lena, os humanos. — tio Macon depositou seus olhos em mim, e eu senti como se ele fosse meu pai. Eu nunca tinha conhecidos os meus pais, morreram antes que eu pudesse fazer isso. Mas Macon, pra mim, era a coisa mais próxima que eu tinha disso, de modo que o amor que eu sentia por ele podia ser considerado como um amor paterno. Concentrei-me mais nas palavras que saiam de sua boca, enquanto ele continuava à falar — Os Mortais não são capazes de fazer o que nós fazemos, mas eles sabem melhor do que ninguém humilhar uma pessoa. Ainda mais quando essa pessoa se trata de alguém como a gente, Lena. Para eles, apesar de não saberem nada que pudesse ajudar nisso, nós somos esquisitos, e sempre vamos ser. É com isso que eu me preocupo Lena, a raiva que você poderá sentir diante de tais palavras, provocações… você sabe melhor do que ninguém o que aconteceu da ultima vez que tentou fazer isso.
E eu sabia.
Não era a minha intenção ter provocado o que aconteceu na nossa antiga escola. Ridley e eu queríamos ter mais contatos com os humanos, saber mais sobre eles. Mas o final dessa história não poderia ser tão trágico quanto fora. Ridley era a minha melhor amiga, e minha prima. Mas acontece que a nossa espécie não define nossos próprios destinos, e agora ela está mais distante do que realmente eu queria que estivesse.
O raciocínio de tio Macon estava certo, eu sabia daquilo melhor do que ninguém. Mas tudo na vida merece uma segunda chance, e essa era a nova chance que eu tinha para ser normal, e não a garota esquisita.
Coloquei minhas mãos sobre a dele, puxando-a junto de mim.
— Tio, você não precisa se preocupar com isso. Daquela vez eu não estava preparada, não sabia o que ia encontrar quando chegasse à sala de aula. Mas dessa é diferente, eu estou preparada para qualquer coisa. Confie em mim. Prometo que dessa vez não vou ser um furacão que devasta a cidade.
Mas de certa forma, eu não tinha certeza daquilo.
— Está bem, não vou mais insistir. Mas Lena, você sabe que o dia está chegando, e logo você será Invocada. Aproveite cada segundo que você terá antes disso acontecer, pois não se sabe o futu… — tio Macon parara no meio da palavra, como se tivesse se arrependido do que ia falar quando já era tarde de mais.
Mas mesmo assim, eu sabia como aquilo ia terminar.
Aproveite cada segundo que você terá antes disso acontecer, pois não se sabe o futuro.
— Eu sei tio. Eu sei.
Ele evitava ao máximo falar sobre aquele assunto, mas acho que daquela vez, alguma coisa acontecera à ponto de deixá-lo sem saber o que ia dizer. Mas eu não ligava. Eu sabia que aquele dia ia chegar.
Macon apertou a minha mão com força, olhando no fundo dos meus olhos.
— Lena, não tenha medo. O que for designado você terá de fazer. Não pense nas conseqüências da maneira como deve ser. Apenas siga o seu coração e faça o que é melhor para você. — e então, ele dissolvera-se no ar, como sempre fazia, deixando meu braço pairado diante do vazio.
Eu estava sozinha, novamente.
Agarrei com força meu caderno espiral surrado e minha caneta permanente, olhando para minhas mãos.
156.
 À cada dia, os números iam diminuindo, e junto deles, a minha esperança ia se dissipando aos poucos. Era algo que eu não podia evitar. Algo que estava predestinado à muito tempo. Meu décimo sexto aniversário. A décima sexta lua. A minha Invocação. 


Continua...


Espero que tenham gostado, e até o próximo capitulo ;]

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Um grande abraço, equipe Beautiful Caster